A Mentira

“Toda palavra de Deus é pura; escudo é para os que nela confiam.
Nada acrescente às suas palavras, para que não te repreenda,
e sejas achado mentiroso”
(Pv 30:5-6).
A Bíblia aponta o Diabo como o pai da mentira, e mostra aquele que não dá crédito à palavra de Deus como mentiroso e filho do Diabo. A mentira pode ser muito bem vestida para parecer com a verdade, mas a vestimenta aparecerá sempre gasta (Jo 8:44). Não há alternativa no terreno espiritual: ou cremos na verdade de Deus, tornando-nos seus filhos, ou simplesmente, como filhos do Diabo temos consideração com a mentira. Este terreno radical apresenta a mentira como principal estratégia do Diabo e a característica fundamental de seus filhos.
Holmes dizia que o pecado usa muitas ferramentas, mas a mentira é uma espécie de cabo que se ajusta a todas elas. Nada pode ser mais fértil do que a mentira, basta que você conte uma e logo uma ninhada de filhotes aparecerá em suas costas. Sempre é necessário muitas mentiras para sustentar a existência da primeira. O Diabo sendo o pai da mentira só gera filhos mentirosos; e nós mentirosos mais eloqüentes, quando mentimos a nós mesmos. O grande desastre da mentira é o seu estilo semelhante ao da verdade. Quanto mais parecida mais terrível é o ardil mentiroso.
O Diabo sendo o pai da mentira, mente com muita arte quando tenta passar como anjo de luz, e os seus filhos vestem-se de religiosidade moral assumindo uma atitude de muita relevância, para dissimular a sua verdadeira identidade (2 Co 11:13-15).
A mentira é máscara do inferno com aparência de verdade. Por este modo, a mentira mais terrível é aquela pronunciada pelo silêncio com aval do legalismo moral. Nada ofende mais a Deus do que a fraude das aparências. Um discurso luminoso, mas uma vida ensombrecida, revela muito bem a tenebrosa realidade da mentira (1 Jo 1:6).
A linguagem é correta, porém a vida é escura. Alguém já disse que a metade do trabalho que se faz neste mundo é para fazer as coisas parecerem como elas realmente não são. A mentira sempre vem com um aspecto agradável. A ilusão se disfarça em sonhos e a realidade se torna muito atraente. Nenhuma emboscada se mostra astuciosa. O velhaco tem um tom de serenidade. O patife aparenta-se com um ar respeitável. O espertalhão tem a cara de ingênuo, e o malandro se veste de formidável veneração (Rm 16:17-18).
Extraído: Ministério Pregação da Palavra de Deus